Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
Todavia, falar sobre o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é necessário, pois muitas pessoas convivem com sintomas sem compreender exatamente do que se trata.
Portanto, aqui apresento um panorama claro, atualizado e empático sobre o TDAH, seus sinais, desafios e caminhos possíveis, pensado especialmente para quem busca orientação profissional e acolhimento psicológico.
Além disso, farei referência a notícias recentes para trazer mais contexto à discussão.
O que é o TDAH?
Inicialmente, o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por padrões persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem no funcionamento ou no desenvolvimento da pessoa.
Em geral, os sintomas surgem na infância (antes dos 12 anos) e podem persistir na vida adulta, variando em intensidade.
Entretanto, vale destacar que não basta apresentar alguns sinais de distração ou inquietude para que se tenha um diagnóstico: é preciso que esses padrões sejam atípicos para a faixa etária, gerem prejuízo importante em mais de um ambiente (escola, casa, trabalho) e não sejam explicados por outro transtorno ou condição.
Tipos e manifestações clínicas
Em primeiro lugar, o TDAH costuma ser dividido em três apresentações predominantes:
- Predominantemente desatento (conhecido como TDA)
- Predominantemente hiperativo-impulsivo
- Apresentação combinada (mista)
Logo, na apresentação desatenta, os indivíduos tendem a ser vistos como “sonhadores”, dispersos, com dificuldades para manter atenção e concluir tarefas.
Enquanto isso, na forma hiperativa-impulsiva, observam-se inquietude corporal, fala excessiva e impulsividade.
Por fim, na forma mista, ambas as dimensões estão presentes com símbolos funcionais e disfuncionais simultaneamente.
Além disso, é comum haver comorbidades como ansiedade, depressão, transtornos de aprendizagem e dificuldades de regulação emocional.
Prevalência, diagnóstico e controvérsias
Todavia, estimativas apontam que cerca de 7,6% das crianças brasileiras apresentam algum transtorno do neurodesenvolvimento, entre eles o TDAH. EurekAlert!
Entretanto, existe grande debate em torno de infradiagnóstico ou sobrediagnóstico, especialmente em contextos escolares e sociais.
Por exemplo, uma reportagem do Metrópoles alerta para o risco de autodiagnóstico e de “modismos” nas redes sociais, ressaltando que “talvez você não tenha TDAH” e que um diagnóstico exige avaliação especializada. Metrópoles
Ademais, uma decisão judicial recente determinou que candidatos com TDAH em concursos públicos federais tenham tempo adicional nas provas, reconhecendo judicialmente a necessidade de adaptações para esse público. CNN Brasil
Portanto, embora haja consenso de que o TDAH é real e impactante, o tema também mobiliza críticas, inclusive no que tange à medicalização infantil.
Por outro lado, uma investigação científica recente revelou que muitos estudos clínicos sobre TDAH em adultos falham em critérios diagnósticos rigorosos, o que pode comprometer interpretações e recomendações terapêuticas. ScienceDaily
Assim, qualquer avaliação para TDAH deve ser feita por profissional habilitado (psicólogo, psiquiatra ou neuropsicólogo), com uso de entrevistas clínicas, escalas padronizadas, observações e, quando possível, laudos complementares.
Impactos e desafios
Em primeiro lugar, o TDAH pode afetar áreas fundamentais da vida: desempenho acadêmico, relações interpessoais, autoestima, organização e rotina diária.
Em segundo lugar, no trânsito, motoristas com TDAH têm duas vezes mais chance de se envolver em acidentes por comportamentos impulsivos e desatenção. Agência Brasil
Em terceiro lugar, no âmbito cognitivo e emocional, há dificuldades com planejamento, memória de trabalho, autorregulação emocional, procrastinação e sensação frequente de frustração.
Todavia, é importante lembrar que o TDAH também pode trazer potencialidades: pessoas com esse transtorno muitas vezes têm criatividade acentuada, flexibilidade mental e capacidade de pensar “fora da caixa”. Uma notícia recente sugere que a divagação mental típica de quem tem TDAH pode impulsionar ideias originais e inovadoras. Metrópoles
Desse modo, o desafio para o tratamento é promover acomodação desses traços de forma produtiva e minimizar prejuízos funcionais.
Caminhos terapêuticos
Inicialmente, o tratamento do TDAH costuma envolver uma combinação de intervenções:
Intervenção farmacológica
Contudo, os medicamentos estimulantes (metilfenidato, anfetaminas) e não estimulares (atomoxetina, guanfacina) são frequentemente indicados, quando bem monitorados por médico.
Além disso, um estudo recente sobre os efeitos cardíacos desses medicamentos constatou que os aumentos na pressão arterial e frequência cardíaca tendem a ser pequenos, o que reforça a importância de monitoramento, mas também confirma que os benefícios costumam superar os riscos. University of Southampton+1.
Mesmo assim, a medicação não é “curativa”: ela auxilia no controle sintomático e funcional, especialmente quando combinada com intervenções psicossociais.
Psicoterapia e intervenções comportamentais
Subsequentemente, a psicoterapia — especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), a terapia comportamental e treinamentos de habilidades — é fundamental para desenvolver estratégias de organização, regulação emocional, autocontrole e planejamento.
Aliás, o trabalho terapêutico pode ajudar a reestruturar crenças negativas associadas à autocrítica, culpa ou sentimento de incapacidade.
Além disso, intervenções psicoeducativas para pais, professores e familiares também são relevantes, pois promovem adaptações no ambiente e apoio contextualizado.
Intervenções escolares e adaptações
Em seguida, adaptações no ambiente escolar — como tempo estendido para provas, divisão de tarefas, uso de recursos visuais e pausas programadas — são essenciais para minimizar prejuízos acadêmicos.
Ainda mais, no contexto legal brasileiro, já se reconhece em alguns casos a concessão de tempo adicional em concursos públicos para pessoas com TDAH, como mostrado acima. CNN Brasil
Estilo de vida e estratégias complementares
Por fim, mudanças no estilo de vida são complementares — como prática regular de exercícios, sono de qualidade, alimentação equilibrada, e técnicas de mindfulness ou meditação.
Ainda mais, a estruturação de rotinas visuais e uso de organizadores externos (listas, alarmes, aplicativos) pode ser decisiva para muitos indivíduos.
O papel da psicologia online
Entretanto, para muitos, a psicoterapia presencial pode não ser viável por motivos de agenda, mobilidade ou localidade.
Contudo, a psicologia online surge como alternativa eficaz, oferecendo atendimento profissional via videoconferência, com flexibilidade e alcance ampliado.
Nesse cenário, a psicóloga Brunete Gildin atua de forma especializada no atendimento clínico online, com foco em pessoas com TDAH e em situações correlatas de desatenção, impulsividade e dificuldades emocionais.
Além disso, ao longo das sessões, Brunete Gildin busca desenvolver um plano terapêutico customizado, combinando estratégias cognitivas, comportamentais e psicoeducativas, adaptado à realidade individual do paciente.
Ademais, Brunete Gildin trabalha também orientações sobre autocuidado, ajustes de rotina e acompanhamento, oferecendo suporte consistente e humanizado.
Mitos e verdades sobre o TDAH
Para evitar equívocos comuns, segue uma lista com alguns mitos e verdades:
| Mito | Verdade |
| “TDAH é coisa de criança; adulto não tem” | Não. Muitos adultos continuam com sintomas persistentes. |
| “Quem é desatento é só preguiçoso” | Não. A desatenção no TDAH é neurológica e funcional, não moral. |
| “Medicamento resolve tudo” | Não. A medicação auxilia, mas não substitui intervenções psicológicas e ambientais. |
| “TDAH é invenção da indústria farmacêutica” | Em parte, exageros ocorrem, mas muitos casos são reais e incapacitantes. |
| “Autodiagnóstico por teste online já basta” | Não. O diagnóstico profissional é indispensável. |
Dessa forma, é vital encorajar que pessoas que se identificam com sintomas busquem avaliação profissional cuidadosa.
Como identificar sinais de alerta
Portanto, alguns sinais que merecem atenção:
- Dificuldade sistemática para manter atenção em tarefas longas
- Erros por descuido frequentes
- Esquecimento de compromissos
- Inquietude, agitação ou sensação interna de inquietação
- Dificuldade para esperar a vez ou interromper impulsivamente
- Problemas para organizar tarefas ou cumprir prazos
- Baixa tolerância à frustração e autocobrança intensa
Ainda mais, se esses sinais estiverem presentes desde a infância e causarem prejuízo marcante no presente, é o momento de procurar ajuda profissional.
Como procurar ajuda
Inicialmente, o primeiro passo é buscar uma avaliação com psicólogo clínico, psiquiatra ou neuropsicólogo.
Em seguida, reunir histórico de sintomas (quando começaram, em quais ambientes), relatórios escolares, testes anteriores e listas de observações pessoais.
Posteriormente, durante o processo diagnóstico, o profissional utiliza entrevistas estruturadas, escalas padronizadas e, às vezes, avaliação neuropsicológica.
Finalmente, o tratamento e o acompanhamento devem ser mantidos por tempo adequado, com reavaliações periódicas para ajustes.
Brunete Gildin: Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
Em síntese, o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é uma condição complexa, que envolve desafios importantes, mas também potencialidades.
No entanto, é essencial que a avaliação seja feita de forma criteriosa, evitando diagnósticos imprecisos ou modismos.
Por conseguinte, o tratamento deve ser multimodal, envolvendo medicação (quando indicada), psicoterapia, adaptações ambientais e estratégias de autocuidado.
Assim, o trabalho terapêutico pode transformar dificuldades em alavancas de autoconsciência e crescimento pessoal.
Se você se identifica com esses sinais ou conhece alguém que enfrenta essas dificuldades, considere buscar orientação especializada.
Nesse sentido, a psicóloga Brunete Gildin está disponível para atendimentos online, com acolhimento e escuta técnica, visando promover a autorregulação, o autoconhecimento e estratégias adaptativas.
Em última análise, o TDAH não precisa definir seu destino — com apoio adequado, é possível conviver com ele de forma funcional e equilibrada.