Roda de Balanço e Autoavaliação: Incentive o público a fazer uma retrospectiva gentil
Por Brunete Gildin – Psicóloga Gestaltista
Por que olhar para trás também é um ato de cuidado
Antes de tudo, é importante reconhecer que o final de ano costuma despertar sentimentos mistos: entusiasmo, frustração, gratidão, pressa, nostalgia. Entretanto, ao invés de apostar em metas rígidas ou cobranças excessivas, a Psicóloga Gestaltista Brunete Gildin convida você a praticar um olhar mais gentil: a Roda de Balanço e Autoavaliação, uma ferramenta simples e profundamente humana para compreender quem você foi ao longo do ano — e quem você deseja ser daqui em diante.
Além disso, pesquisas jornalísticas recentes reforçam o quanto processos reflexivos favorecem autoconhecimento e saúde emocional, como apontado pela notícia do G1 sobre rituais de fim de ano (“https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2023/12/28/rituais-de-fim-de-ano-buscam-bem-estar-e-reflexao.ghtml”), pela matéria do Estadão sobre metas e bem-estar (“https://www.estadao.com.br/saude/psicologia/metas-de-ano-novo-e-bem-estar/”), e pela reportagem da Folha que destaca a importância da autoavaliação para saúde mental (“https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2023/12/autoavaliacao-de-fim-de-ano-ajuda-na-saude-mental.shtml”).
O que é a Roda de Balanço?
Primeiramente, a Roda de Balanço é uma ferramenta inspirada na ideia de visualizar a vida como um ciclo composto por áreas fundamentais, como:
- Relações
- Trabalho
- Aprendizagens
- Saúde emocional
- Cuidado consigo
- Criatividade
- Limites
- Rotina
Assim, cada área recebe uma nota ou uma reflexão livre. Com isso, cria-se um mapa emocional e vivencial do ano que passou. Diferentemente de listas rígidas de metas, a proposta é cultivar clareza e gentileza, não pressão.
Por que fazer uma retrospectiva gentil?
Antes de mais nada, porque uma retrospectiva rígida pode ativar autocrítica exagerada — algo comum quando estamos cansados emocionalmente.
Além disso, a retrospectiva gentil permite observar progressos reais que, muitas vezes, passam despercebidos.
Por fim, quando você olha para si com mais humanidade, você abre espaço para escolhas mais verdadeiras no ano que se inicia.
O que deu certo este ano?
Comece pelo que floresceu
Primeiramente, pergunte-se: O que funcionou? O que me trouxe alegria, estabilidade ou crescimento?
Em seguida, reconheça até as pequenas vitórias: momentos de autocuidado, conversas sinceras, projetos concluídos, vínculos fortalecidos.
Logo depois, permita-se sentir orgulho. Reconhecer o que deu certo fortalece a autoestima e incentiva novas escolhas mais alinhadas.
O que eu aprendi?
Cada experiência carrega uma mensagem
Afinal, nem tudo o que vivemos precisa ser “bom” para ser valioso.
Consequentemente, dificuldades também ensinam sobre limites, necessidades e caminhos mais autênticos.
Portanto, pergunte-se: O que essa experiência me mostrou sobre quem eu sou? O que eu preciso em meu próximo ciclo?
O que não preciso levar para o próximo ano?
Desapego como cura
Primeiramente, lembre-se: deixar ir não significa fracassar, mas amadurecer.
Além disso, abrir mão pode significar:
- Hábitos que drenam energia
- Relações que perderam sentido
- Compromissos que não conversam mais com sua essência
- Padrões de auto exigência que aprisionam
Por fim, o alívio que surge desse ato é um espaço fértil para escolhas mais conscientes.
Criando a sua Roda de Balanço: Passo a Passo
1. Estabeleça um ambiente seguro
Antes de tudo, escolha um local tranquilo, com papel, lápis ou aplicativo de notas.
2. Divida sua vida em áreas
Posteriormente, selecione de 6 a 10 áreas que façam sentido para você.
3. Avalie cada área com carinho
Assim, ao invés de notas de julgamento, descreva como você se sentiu em cada dimensão.
4. Observe o padrão geral
Logo em seguida, pergunte-se: O que esta roda revela sobre meu ano? Há equilíbrio? Há excessos? Há vazios?
5. Escolha uma intenção leve para o próximo ciclo
Finalmente, ao invés de metas, escolha intenções, como:
“Quero me ouvir mais.”
“Quero respeitar meus limites.”
“Quero cultivar relações mais recíprocas.”
Como a Psicologia Gestalt pode ajudar nesse processo
A Gestalt como caminho de presença
Para começar, a Psicologia Gestalt entende que o presente é o lugar onde a vida realmente acontece. Assim, uma retrospectiva gentil se torna possível quando olhamos para o passado sem nos aprisionar nele, mas entendendo como nossas escolhas ainda reverberam no agora.
Na terapia com Brunete Gildin, esse movimento é conduzido com acolhimento e consciência, sempre privilegiando a singularidade do cliente.
Apoio para integrar experiências
Além disso, a Gestalt trabalha com integração — reconhecer sentimentos, validar necessidades e tomar consciência do que ainda dói, para que isso possa se transformar. Por isso, ao montar sua Roda de Balanço, muitos conteúdos emergem: tristeza, orgulho, arrependimento, esperança. A terapia ajuda a dar forma a essas vivências internas, permitindo que você compreenda seu ano de modo mais orgânico e menos crítico.
Contato autêntico com o que é seu
Finalmente, a Psicologia Gestalt enfatiza o contato: com o ambiente, consigo e com o outro. Portanto, ao olhar sua retrospectiva com acompanhamento terapêutico, você aprende a diferenciar expectativas externas das suas próprias necessidades. Esse discernimento traz paz e possibilita iniciar o próximo ano com escolhas mais verdadeiras e respeitosas.
Transformando a reflexão em movimento
Gentileza não é passividade
Antes de mais nada, lembre-se: olhar para si com carinho não significa estagnar.
Além disso, quando você diminui a autocrítica, ganha energia para agir com mais clareza.
Por isso, transformar reflexão em ação é o passo natural após praticar a consciência: pequenas mudanças, uma intenção por vez.
Perguntas para incluir na sua Roda de Balanço
Inicialmente: O que me trouxe sensação de vida?
Depois: O que tirei de aprendizado das minhas relações?
Além disso: O que coloquei energia demais?
Consequentemente: O que negligenciei?
Por fim: Como posso cuidar melhor de mim no próximo ciclo?
Rituais simples de encerramento de ciclo
1. Escreva uma carta de despedida
Primeiramente, escreva tudo o que deseja deixar para trás.
Depois, agradeça o que te ensinou.
Por fim, queime ou guarde a carta — o simbolismo é seu.
2. Crie uma lista de gratidão ativa
Antes de tudo, liste três situações que transformam você.
Além disso, reconheça pessoas importantes.
Finalmente, celebre suas escolhas.
3. Faça uma pausa consciente
Primeiramente, respire fundo por dois minutos.
Em seguida, coloque a mão sobre o peito.
Por fim, diga a si mesmo: “Estou fazendo o meu melhor.”
Por que a retrospectiva gentil funciona melhor do que cobranças rígidas
Sobretudo, porque gera pertencimento, não punição.
Além disso, favorece a autoestima.
Consequentemente, cria engajamento real com o futuro.
Por fim, alinha você com sua verdade e não com expectativas externas.
Uma mensagem final de Brunete Gildin
Por fim, a Psicóloga Gestaltista Brunete Gildin reforça que o ano novo não é um recomeço mágico: ele é uma continuação de quem você já é. E, justamente por isso, você merece encerrar este ciclo com verdade, acolhimento e coragem.
Que sua Roda de Balanço seja um gesto de respeito pela sua própria história.