A Epidemia de Autodiagnósticos Online - Brunete Gildin: neste artigo vamos abordar este fenômeno que acomete toda a sociedade contemporânea.

A Epidemia de Autodiagnósticos Online

A Epidemia de Autodiagnósticos Online: quando o Diagnóstico Vira Tendência



Assim, nos últimos anos, as redes sociais se tornaram um grande consultório informal — cheio de opiniões, vivências pessoais e checklists simplificados que prometem respostas rápidas para sofrimentos complexos. 

Portanto, a banalização de diagnósticos como TDAH, Transtorno de Personalidade Borderline, Ansiedade Generalizada e Depressão virou um fenômeno preocupante, que muitos especialistas vêm chamando de “epidemia de autodiagnósticos online”. Além disso, essa tendência tem consequências sérias na forma como lidamos com nossa saúde mental.

Contudo, a Psicóloga Gestáltica Brunete Gildin observa que esse movimento reflete muito mais do que curiosidade: reflete desamparo, pressa e um desejo profundo de nomear aquilo que dói. Entretanto, reduzir todo sofrimento a um rótulo obtido em um vídeo de 30 segundos pode gerar confusão, medo e decisões equivocadas.

Finalmente, este artigo aprofunda de forma ética e crítica o tema, trazendo reflexões importantes e apontando como a Gestalt Terapia pode oferecer um caminho mais maduro, humano e responsável.

O Fascínio dos Autodiagnósticos: Por que Isso Está Acontecendo?

Assim, muitos usuários chegam às redes buscando compreender seus sentimentos e comportamento. Portanto, quando encontram vídeos que listam “sinais de TDAH”, “características de borderline” ou “indícios de depressão”, acabam se identificando — afinal, são listas vagas, amplas e que todos, em algum momento, podem se reconhecer.

Além disso, a lógica de engajamento das plataformas favorece conteúdos simples e sensacionalistas, incentivando criadores a publicar interpretações superficiais sobre transtornos complexos. Contudo, essa prática reforça uma visão reducionista da subjetividade humana.

Entretanto, pesquisas recentes vêm alertando para o impacto desse fenômeno. Conforme noticiado pelo G1, muitas pessoas têm buscado ajuda médica após acreditar que possuem TDAH baseado apenas em vídeos curtos, conforme relatado na matéria “Aumento na procura por diagnóstico de TDAH impulsionado por redes sociais”: https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/08/17/tdah-tiktok.ghtml

Assim, as plataformas acabam servindo como uma espécie de “espelho emocional distorcido”, que devolve respostas rápidas demais para perguntas profundas demais.

A Cultura do Rótulo: Quando o Diagnóstico Vira Identidade

Portanto, outro aspecto grave da epidemia de autodiagnósticos online é o uso de diagnósticos como forma de pertencimento. Assim, grupos nas redes acabam reforçando a ideia de que ser “TDAH”, “borderline” ou “ansioso” é uma identidade social.

Além disso, esse movimento mistura informação técnica com relatos pessoais, criando uma espécie de “tribo diagnóstica” que dá acolhimento, mas também aprisiona. Entretanto, rótulos carregam peso — e quando assumidos sem avaliação profissional, podem gerar mais sofrimento do que alívio.

Conforme observou uma reportagem da Folha de S.Paulo sobre a crescente confusão entre traços de personalidade e diagnósticos psiquiátricos, intitulada “Jovens confundem desatenção comum com TDAH e sobrecarregam ambulatórios”: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/02/jovens-confundem-tdah.shtml

Finalmente, é importante reforçar: um diagnóstico é clínico, não social. É ferramenta de tratamento, não adorno psicológico.

Os Riscos do Autodiagnóstico: Do Sofrimento Real ao Equívoco Perigoso

Assim, autodiagnosticar-se pode parecer libertador num primeiro momento, mas rapidamente se transforma em um problema. Portanto, o indivíduo passa a interpretar suas experiências sempre pelo mesmo rótulo, restringindo seu autoconhecimento.

Além disso, há riscos concretos:

  • Medicalização inadequada sem acompanhamento profissional.
  • Atribuição indevida de responsabilidade (“sou assim porque tenho X”) que bloqueia mudanças.
  • Aumento da ansiedade, quando a pessoa se convence que sofre de algo grave.
  • Estigmatização interna, afetando autoestima e autonomia.

Contudo, um dos impactos mais preocupantes é o desvio de pessoas que realmente necessitam de tratamento adequado, como mostrou o jornal O Globo na matéria “Cresce número de jovens que se autodiagnosticam nas redes e atrasam tratamento adequado”: https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/03/15/autodiagnostico-online.ghtml 

Entretanto, é fundamental lembrar que o sofrimento humano é complexo demais para ser capturado por vídeos ou listas simplificadas.

Diagnóstico Não É Checklist: É Encontro, Escuta, Processo

Assim, no campo da psicologia e da psiquiatria, diagnóstico não é um rótulo automático. Portanto, é fruto de um processo clínico cuidadoso que envolve entrevistas, contexto pessoal, histórico de vida, avaliação aprofundada e, sobretudo, presença.

Além disso, um diagnóstico responsável leva em conta nuances, intensidade, duração e impacto funcional — elementos impossíveis de serem avaliados por vídeos de poucos segundos.

Contudo, no entendimento da Psicóloga Gestáltica Brunete Gildin, reduzir a psique a um rótulo pontual empobrece o processo de autoconhecimento. Entretanto, em Gestalt Terapia, prioriza-se a experiência presente, não apenas categorias diagnósticas cristalizadas.

Finalmente, o foco é compreender a pessoa, não o rótulo.

Por Que Nos Identificamos Tanto com Diagnósticos nas Redes?

Assim, há razões psicológicas profundas por trás da epidemia de autodiagnósticos:

  • Portanto, buscamos explicações rápidas para sofrimentos complexos.
    • Além disso, vivemos numa cultura acelerada, onde introspecção parece luxo.
    • Contudo, vídeos que descrevem sintomas dão sensação de clareza instantânea.
    • Entretanto, o algoritmo amplifica conteúdos semelhantes, reforçando a ideia de que “todos têm aquilo”.

Finalmente, muitas pessoas se sentem aliviadas ao encontrar um nome para a dor — mesmo que esse nome não seja o adequado.

O Papel da Psicóloga Gestaltista Brunete Gildin na Educação Emocional Digital

Assim, profissionais como a Psicóloga Gestáltica Brunete Gildin têm um papel fundamental: trazer educação emocional responsável, ética e crítica para o ambiente digital.

Portanto, ela reforça que o sofrimento merece cuidado, não atalhos. Além disso, ela defende que o autoconhecimento não se constrói por categorização, mas pela experiência viva do aqui-e-agora.

Contudo, no trabalho clínico, o foco está no encontro — não nos rótulos. Entretanto, quando necessário, o diagnóstico é utilizado como ferramenta, não como identidade.

Finalmente, o compromisso ético do psicólogo é devolver complexidade ao que a internet quer simplificar demais.

Como a Terapia Baseada na Psicologia Gestalt Pode Ajudar Nesse Tema

1. Resgatando a Experiência Real Além dos Rótulos

Assim, a Gestalt Terapia parte do princípio de que a experiência imediata é mais reveladora do que categorias fixas. Portanto, quando alguém chega tomado por um autodiagnóstico da internet, o terapeuta acolhe a dor — não o rótulo. Além disso, o foco está em compreender como essa pessoa vive, sente, percebe e se relaciona com o mundo.

Contudo, esse processo ajuda o paciente a diferenciar identificação superficial (baseada em um vídeo) de contato autêntico com suas emoções. Finalmente, o indivíduo aprende a olhar para si com mais profundidade e menos pressa.

2. Construindo Consciência e Autorresponsabilidade

Assim, a Gestalt não reforça narrativas que aprisionam, como “sou assim porque tenho X”. Portanto, o objetivo é ampliar a consciência para que a pessoa reconheça seus padrões, escolhas e possibilidades reais.

Além disso, esse processo devolve autonomia e reduz o uso inadequado de diagnósticos como justificativas para tudo. Contudo, a consciência ampliada leva a decisões mais maduras sobre buscar — ou não — uma avaliação diagnóstica formal. Finalmente, isso reduz medo, confusão e auto sabotagem.

3. Promovendo Contato Saudável com A Informação Emocional

Assim, a Gestalt trabalha com a autorregulação e com o contato saudável com o mundo. Portanto, isso inclui aprender a lidar com o impacto emocional das redes sociais. Além disso, o paciente aprende a diferenciar informação útil de informação distorcida.

Contudo, esse ajuste de fronteiras ajuda a pessoa a navegar o ambiente digital com mais crítica e menos vulnerabilidade. Finalmente, ela passa a reconhecer que vídeos curtos podem ser insights, mas não substituem encontros terapêuticos reais.

Caminhos Éticos para Lidar com o Sofrimento, Longe da Pressa Digital

Assim, diante da epidemia de autodiagnósticos, precisamos recuperar o valor do processo terapêutico. Portanto, o diagnóstico, quando necessário, deve ser construído com calma, responsabilidade e cuidado.

Além disso, vivemos um momento em que o excesso de informações cria a ilusão de que podemos nos entender sozinhos — mas isso não substitui a relação terapêutica. Contudo, procurar ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de maturidade.

Finalmente, compreender-se é um processo contínuo, profundo e humano — e a terapia é um dos melhores caminhos para isso.

Psicóloga Clínica Online Brunete Gildin: A Saúde Emocional Merece Mais do que Vídeos de 30 Segundos

Assim, a epidemia de autodiagnósticos online revela um desejo legítimo de autocompreensão, mas também evidencia a pressa emocional da nossa época. Portanto, precisamos resgatar o valor da escuta profunda, do diálogo e da presença.

Além disso, profissionais como a Psicóloga Gestáltica Brunete Gildin reforçam que cada pessoa é muito mais rica do que qualquer rótulo. Contudo, para além dos diagnósticos, existe uma história viva, complexa e bela sendo construída.

Finalmente, a Gestalt Terapia oferece o que as redes não conseguem oferecer: um encontro humano real, capaz de transformar a forma como nos vemos e nos relacionamos com o mundo.

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Vídeo Brunete Gildin


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